REGISTRO DE ARMAS POR PESSOAS FÍSICAS DISPARA EM 17 ESTADOS



REGISTRO DE ARMAS POR PESSOAS FÍSICAS DISPARA EM 17 ESTADOS

Quando liberou a posse de armar em praticamente todo o território nacional, o governo Bolsonaro seguia o curso natural da violência no país que, após o golpe de Temer e do PSDB, disparou. O número de novas armas registradas por pessoas físicas para defesa pessoal no Sinarm (Sistema Nacional de Armas) aumentou em 17 estados brasileiros em comparação com 2014 — ano da última medição. No país, como um todo, o crescimento é de 47% —de 24.645 para 36.238.

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que o "decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), no dia 15 de janeiro deste ano, flexibilizou as regras para a posse de armas no Brasil. O crescimento apontado por levantamento da Folha deve continuar nos próximos anos, dizem especialistas."

A matéria ainda informa que "o sistema da Polícia Federal computa todas as armas compradas por civis com o objetivo de proteção, por profissionais de segurança privada e de órgãos públicos, como policiais civis e federais. Aquelas que serão usadas para outras atividades, como caça, tiro esportivo e por militares devem ser registradas no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), do Exército."

Dos 677.771 registros ativos de arma de fogo no país - ainda segundo a reportagem -, 345.884 estão em nome de pessoas físicas.

Os dados apresentam também distorções: "o Brasil tem hoje 165,8 armas para defesa pessoal nas mãos de pessoas físicas para cada 100 mil habitantes. Considerando também as registradas por outras categorias no Sinarm e as que pertencem àqueles que têm o registro CAC (para caçadores, atiradores e colecionadores), a taxa sobe para 464,5."

Comparativamente, temos os seguintes números: "na Inglaterra e nos Estados Unidos, por exemplo, as taxas de armas registradas são de 989 e 1.597,5 por 100 mil habitantes, respectivamente. No Canadá, 2.970,5."